Outra possibilidade é que o governo constituiría uma prisão para os "errantes", onde um departamento especial das Forças Armadas caçaria os mortos vivos, considerados uma ameaça nacional, entre diversas outras medidas que contabilizam saldos políticos positivos.
Brasil Nunca Mais
Um espaço para discussões do mundo cotidiado.
terça-feira, 13 de novembro de 2012
Holocausto Zumbi?
Outra possibilidade é que o governo constituiría uma prisão para os "errantes", onde um departamento especial das Forças Armadas caçaria os mortos vivos, considerados uma ameaça nacional, entre diversas outras medidas que contabilizam saldos políticos positivos.
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Uma profissão de risco e sem mérito: seja professor?
Não estamos falando do professor universitário, de cursos profissionalizantes ou similares. O cargo aqui discutido é o de docente de escolas estaduais e municipais.
O que era um professor na década de 1950? Se fizer o questionamento para pessoas mais velhas, elas lhe responderão: era nosso mestre, quem admirávamos muito. De fato, os docentes eram admirados não só por seus alunos, mas também por toda a sociedade. Então, o que aconteceu em meio século para mudar tão drasticamente esta história?
Se de um lado, após a instauração do Regime Militar (1964), parte da classe ganhou mais poder sobre seus alunos, por outro, muitos intelectuais de grande valia foram perseguidos por sua condição política oposta ao novo sistema ditatorial. Algumas “humilhações”, hoje, consideradas por alguns, absurdas, eram aplicadas com êxito: palmatória, castigo, ajoelhar em grãos de milho, entre muitas outras. Lembro-me do meu pai contando: “Durante as aulas de francês, todos procuravam decorar as falas, porque se não, a irmã vinha e batia em nossa mão com a palmatória”. Pois, então, esse sistema de “sucesso” era resultado do envolvimento da igreja católica com a escola? De certa forma não. Até porque, eram poucas e em suma, particulares, os centros de ensino que possuíam irmãs ou freiras lecionando.
Durante a década de 1980, mas precisamente em 1985, a revolta dos jovens era grande. Estávamos saindo do regime militar. Era a liberdade. Em tese, a maioria dos jovens queria extravasar. Em resultado a isso, foi o momento do surgimento, com mais afinco, das bandas Titãs, Barão Vermelho, Legião Urbana, Engenheiros do Hawaii, Paralamas do Sucesso, entre muitas outras. E, eu aponto este o período problemático para os professores. Este pode ser considerado o “Dia D” da revolta dos alunos contra seus “mestres”.
Foi em meio a este processo que começaram a surgir os primeiros dados de agressões contra professores. A “liberdade” conquistada foi entendida de uma forma diferenciada pelos jovens da época. E isso, naturalmente, se consolidou e piorou ao longo dos anos. Transversalmente a este processo, um documento veio para reforçar o poder que o público estudantil estava ganhando: Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº. 8.069, 13/07/1990).
Com o Estatuto, os professores perderam a autoridade em sala. E, se antes, não significa que concorde com isso, os professores castigavam os alunos que estavam foram das condutas, hoje, os alunos punem os professores, quando estes, tentam impor limites. Contraditoriamente, os pais esperam que os professores façam o trabalho de educar seus filhos, contudo, esta função deve ser realizada dentro das casas. Eis mais um problema: com os baixos salários e muitas horas de trabalho, os patriarcas e matriarcas precisam se redobrar para sustentar a família e com isso, se ausentam e não acompanham o desenvolvimento dos filhos no momento mais crítico de suas vidas: a adolescência. Não raro, é nesse período que os jovens se aproximam de traficantes, de drogas.
Volto a perguntar para você leitor: como culpar os pais nestas condições? Vocês podem responder: meus pais sempre trabalharam e eu não fui resultado desse processo. Concordo, não podemos generalizar, mas a grande massa (classes mais baixas do sistema) é frágil e em sua maioria, não possui a base familiar necessária para suportar este tipo de problema.
Enquanto isso, os professores continuam no fogo cruzado, em uma profissão de risco, com baixa remuneração e nenhum conhecimento.
A resolução é um processo a longo prazo. Mas, a classe que deve ser mais valorizada no sistema capitalista, a qual o Brasil está inserido, é o professor. O conhecimento é a base de qualquer desenvolvimento.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
A internet como ferramenta de efusão de ideias
Geralmente, não tendo conhecimento do significado da palavra, a pessoa busca pelo dicionário. Ou, em meio a nossa "modernidade", recorremos ao Wikipédia. Vamos à segunda opção, já que a palavra supracitada não existe no nosso vocabulário:
WikiLeaks é uma organização transnacional sem fins lucrativos, sediada na Suécia, que publica, em seu site, posts de fontes anônimas, documentos, fotos e informações confidenciais, vazadas de governos ou empresas, sobre assuntos sensíveis. [...] O site, administrado por The Sunshine Press, foi lançado em Dezembro de 2006 e, em meados de Novembro de 2007, já continha 1,2 milhão de documentos. [...] a organização informa ter sido fundada por dissidentes chineses, jornalistas, matemáticos e tecnólogos dos Estados Unidos, Taiwan, Europa, Austrália e África do Sul. Seu diretor é o australiano Julian Assange, jornalista e ciberativista. [...]
Pois bem. Uma mera explicação para um site, em tese organizacional, que visa publicar postagens de fontes anônimas. Em suma, é uma crítica declarada às guerras efetivadas pelos Estados Unidos contra países do oriente médio. (Primeiro ponto, não se baseie somente pelo Wikipédia. Lembre, as fontes são provenientes dos próprios leitores).
Contudo, o WikiLeaks iniciou um processo de publicação de milhares de documentos e alguns vídeos, no entanto, constrangedores para o governo estadunidense.
Mas, enquanto a mídia veículava a imagem ao site, existia uma pergunta mais interessante: quem era essa fonte anônima?
Não demorou muito e os sobrinhos do Tio Sam iniciaram as buscas, investindo milhares de dólares. O que surpreendeu? A suposta fonte do Wikileaks é um jovem de 23 anos, Bradley Manning, ex-analista de inteligência do Exército dos EUA. Agora, preste atenção em sua tática para "furtar" os documentos "Top Secrets":
[...], ele dizia que ia trabalhar levando um CD com músicas de Lady Gaga, sobre o qual ele gravava dados retirados de uma rede militar secreta da internet.
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Vale duas análises:
1º - Com bilhões de dólares investidos em segurança, o sistema estadunidense se mostra eternamente frágil;
2º - A guerra ainda não acabou e dá sinais de um novo formato de confronto: virtual. Este embate não tem campo definidio, nem soldados numerosos, são mentes brilhantes em busca de enriquecimento rápido e fácil. Os melhores conseguem e continuam a labuta no anônimato.
Consideração final:
O poder mostrado pela ferramenta em si, o portal WikiLeaks, provou o poder de uma única pessoa para contra o estado. Isto é, a teoria de unificação do povo, em teor físico, em prol de movimentos populares se excluí neste novo cenário mundial. Basta um clique e a ideia, se aceita, começa a ser disseminada.
Estamos nós, utilizando a internet de maneira correta?
Quer saber mais sobre o WikiLeaks? Clique AQUI.
Fontes: http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/11/30/saiba-mais-ex-analista-militar-dos-eua-seria-fonte-do-wikileaks.jhtm / http://www.wired.com/threatlevel/2010/06/wikileaks-chat / http://wikileaks.org/